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Alergia

O que é?

Alergia alimentar (AA) é a reação anormal do sistema de defesa do organismo às proteínas dos alimentos. Proteína é um tipo de nutriente presente em quase todos os alimentos e indispensável ao organismo, pois após sua absorção será utilizada para a produção de enzimas, hormônios, tecidos, músculos, outras proteínas presentes no sangue, etc. Elas são moléculas grandes constituídas por um conjunto de aminoácidos ligados entre si, como um colar de pérolas (Figura 1). Essas moléculas possuem algumas regiões chamadas de epítopos, formada pela ligação de alguns aminoácidos. Esses epítopos são as regiões mais alergênicas das proteínas alimentares, ou seja, os principais locais que o sistema imunológico reconhece a proteína como “inimigo”. Após consumir um alimento, as enzimas digestivas presentes no estômago e no intestino irão digerir suas proteínas em porções muito pequenas, com um, dois ou três aminoácidos para que possam ser absorvidas e chegar à corrente sanguínea. Figura 1: Digestão da proteína


Os aminoácidos livres não causam alergia, pois o epítopo é formado pelo conjunto de aminoácidos ligados entre si. Muitos indivíduos podem absorver um epítopo, sem que a proteína seja completamente digerida, mas o organismo desenvolve tolerância e não reage a elas. Porém, se a pessoa com predisposição genética a alergias absorver um epítopo de uma proteína alergênica seu sistema de defesa irá reconhecê-lo e produzirá anticorpos IgE específicos e/ou células inflamatórias que acarretarão em reações alérgicas.

Quais são os alimentos mais alérgenos?

Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas.

O que é APLV?

A APLV é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite, principalmente às proteínas do coalho (caseína) e às proteínas do soro (alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina).

Aplv vs Lactose:

Não existe alergia à lactose. O que existe é a intolerância à lactose quando a criança apresentadeficiência da enzima lactase.

A lactose (açúcar do leite) só é absorvida após sua hidrólise (pela lactase)nos monossacarídeos glicose e galactose. Estes monossacarídeos são absorvidos ativamente pelos enterócitos.

Quando a lactose é ingerida e não há lactase suficiente disponível, ocorre acúmulo deste açúcar na luz do intestino, ocasionando: passagem de água para a luz intestinal em função da força osmótica exercida pela lactose não absorvida, além de fermentação da lactose pela flora intestinal. Em consequência do afluxo de líquidos e da fermentação da lactose, podem surgir os sintomas da intolerância à lactose: flatulência, aumento dos ruídos intestinais, cólica abdominal e, também, diarréia.

 Portanto, as manifestações clínicas na intolerância à lactose são dependentes da sua força osmótica e de sua fermentação. Diferentemente, na alergia ao leite de vaca, as manifestações clínicas são decorrentes de uma reação do sistema imunológico, desencadeada pelas proteínas do leite de vaca. As manifestações clínicas no lactente frequentemente envolvem o aparelho digestivo: vômitos, regurgitações, cólicas, diarréia com ou sem sangue, perda de sangue nas fezes.

Com frequência acomete a pele na forma de urticária ou dermatite atópica. Outras vezes pode haver manifestações respiratórias. É frequente, também, défi cit de crescimento caracterizado por comprometimento do peso e comprimento. Embora pouco frequente, pacientes com APLV podem apresentar anafi laxia, uma grave manifestação que demanda pronta detecção e atendimento.

Em resumo, dentre as reações adversas aos alimentos, encontram-se Alergia ou hipersensibilidade a proteínas: a alergia às proteínas do leite de vaca é a mais frequente nos dois primeiros anos de vida e sempre envolve mecanismos imunológicos. Intolerância: reação adversa não mediada por mecanismo imunológico. Por exemplo, intolerância à lactose onde os sintomas são consequência do efeito osmótico da lactose.

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